Bem aos moldes do que se imagina de uma típica família italiana, o casal de proprietários tem cinco filhos: duas meninas e três meninos, entre 14 e 20 anos. A responsabilidade do arquiteto Marcos Cohen foi do mesmo tamanho-família. Tanto que a reforma do clássico apartamento situado no bairro de Higienópolis, em São Paulo, precisou ser feita por etapas, do íntimo ao social. Segundo o arquiteto, o projeto durou três anos. "Partimos do clássico para algo mais moderno e atualizado, de acordo com o gosto dos proprietários. O projeto levou muito tempo para ser finalizado porque a família já morava no local", diz Cohen.
Paredes vieram abaixo e pavimentações foram estendidas, cedendo lugar a novos pontos de interseção. Assim, o living foi ampliado para integrarse ao terraço e a sala de jantar perdeu uma parede, unindo-a à copa. O resultado é uma das estrelas da áreaa social. "Um dos maiores desafios em integrar os ambientes foi decidir o que fazer com o sofá localizado em um corredor que seria derrubado. Os proprietários não queriam se desfazer do objeto de forma alguma", explica Cohen, aos risos. Aproveitando o processo de demolição, o projeto de iluminação e eletricidade também foi revisto. Hoje, com um pé-direito de 2,70 m e 350 m², a área social é caracterizada por espaços amplos e confortáveis, tudo previamente planejado.
Pensada para o convívio familiar, a área social ganhou prioridade na reforma de três anos do apartamento clássico. Apesar das tonalidades fechados, o living tem decoração diferenciada que destaca cores vivas como amarelo, berinjela e turquesa em peças pontuais Com o piso em mármore crema marfil como base, tonalidades singulares surgiram para conferir modernidade à antiga atmosfera clássica: a cor berinjela dá o tom do sofá no living; o roxo aparece nos grandes pufes que cercam a mesa de centro. O amarelo-neón também surpreende em doses homeopáticas no mobiliário. Na copa, chama atenção o azul-turquesa da mesa em laca. Aliás, a copa e a sala de jantar, contíguas, são segmentadas pela simples mudança de cor das mesas: azul-turquesa e cadeiras transparentes para uma, marrom e cadeiras de madeira revestidas na cor nude para a outra. Solidificando o arrojo no quesito cores, no home theater Cohen lançou mão de uma antiga poltrona trabalhada em patchwork de tecido de lã colorida na frente e azul-royal atrás. Nos quadros e pequenos itens decorativos também foram utilizadas cores mais vivas, destacando-se a escultura em amarelo-ouro perto da janela. Em um jogo de texturas, decoração colorida e integrações inusitadas, o arquiteto Marcos Cohen foi além: conseguiu não apenas o desejado efeito moderno, como também imprimiu uma personalidade única, convivendo harmoniosamente com as tantas outras presentes no lar. Golpe de mestre! "Partimos do clássico para algo mais moderno e atual, como queriam os proprietários", resume o arquiteto
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